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Crédito: SECOM/PMA

Ponte da Coroa do Meio entra na segunda fase de duplicação com mudanças no trânsito e impacto direto para pedestres e ciclistas

Intervenção altera circulação na 13 de Julho e na Avenida Beira Mar; Território Nordeste acompanhou o início da nova etapa e entrevistou EMURB e SMTT.

A partir desta segunda-feira (17), Aracaju inicia oficialmente a segunda fase das obras de duplicação da Ponte Godofredo Diniz, que liga os bairros 13 de Julho e Coroa do Meio. A nova etapa provoca mudanças significativas no fluxo de veículos, ciclistas e pedestres no Calçadão da 13 de Julho e na Avenida Beira Mar, onde trechos passam a operar parcialmente bloqueados para instalação de tapumes e execução de serviços estruturais.

Considerada uma das obras mais importantes da mobilidade urbana da capital, a duplicação — orçada em R$ 41,4 milhões, com recursos próprios do município — busca eliminar um dos principais gargalos viários de Aracaju. A nova ponte terá 160 metros, três faixas de rolamento, ciclovia, passarela para pedestres e iluminação em LED, dobrando a capacidade atual de tráfego.

Fotos : SECOM/PMA

Tapumes, desvios e impacto direto no Calçadão da 13 de Julho

A colocação de tapumes no trecho entre a ponte e a Avenida Francisco Porto ocupa a faixa de ônibus e desloca momentaneamente a circulação de pedestres e ciclistas, que deverão utilizar o lado oposto da via até o fim desta fase. O primeiro ponto de ônibus para quem vem da Coroa do Meio fica agora logo após a ponte, sentido Centro.

As intervenções também incluem a ampliação do sistema de drenagem na Avenida Governador Paulo Barreto de Menezes (Beira Mar), realizada em três etapas para minimizar bloqueios totais. Mesmo com máquinas e operários em operação, a SMTT assegura que ao menos uma faixa estará liberada em cada sentido, embora haja expectativa de lentidão nos horários de pico. A orientação é utilizar a Avenida Jorge Amado como rota alternativa.

O que diz a EMURB: nova gestão, novo cronograma e ajustes ambientais

Durante entrevista ao Território Nordeste na manhã desta segunda (17), o diretor de Obras da EMURB, Walter Castro, explicou que a obra entra em uma segunda fase após revisão completa do planejamento.

“Na nova gestão da Prefeitura, elaboramos um novo cronograma, revisamos os projetos e fizemos adequações para garantir fluidez e cumprimento do prazo”, afirmou.

Ele detalhou que a construção passa a ser dividida em três etapas: a primeira no leito do rio e as duas seguintes nas cabeceiras da ponte — justamente onde se concentram os impactos da mudança de circulação.

Sobre o trecho do Calçadão da 13 de Julho, Castro ressaltou:

“Será necessário instalar tapumes até a Francisco Porto para iniciar a pista de rolamento. Isso afeta diretamente pedestres e ciclistas, que não poderão acessar a área ao pé da ponte durante a execução.”

O diretor também destacou que estudos ambientais foram atualizados para reduzir ao máximo impactos no manguezal existente no local.

“Havia um projeto anterior que previa maior retirada de árvores. Após reavaliação técnica, conseguimos diminuir bastante esse percentual.”

Quanto ao prazo, ele reforçou a previsão inicial:

“A conclusão está programada para 2026. Não é possível precisar o mês devido às intercorrências próprias de obras desse porte, mas seguimos trabalhando para entregar dentro do período.”

SMTT: pedestre terá trajeto ampliado e mudanças exigem paciência

O Território Nordeste também ouviu o diretor de trânsito da SMTT, Júlio César Zambon, que confirmou que o maior impacto imediato será sobre pedestres e ciclistas.

“Toda a calçada ficará fechada nesse trecho.  Para pedestres e ciclistas que estiverem indo para o Shopping Rio Mar, vão ter que ir lá na Francisco Porto atravessar para o outro lado da via, a partir disso, vir até o canteiro central, pegar a faixa de pedestres e alcançar a ponte.”

Zambon explicou que haverá fiscalização durante a instalação dos tapumes, garantindo segurança e orientação, mas que posteriormente o trecho seguirá apenas sinalizado.

“Intervenções pontuais serão feitas quando necessário. A SMTT está preparada, mas a população precisa ter paciência para que a obra avance e traga benefícios permanentes à mobilidade.”

A duplicação da Ponte Godofredo Diniz integra um conjunto de ações voltadas à modernização da mobilidade em Aracaju, incluindo melhorias de drenagem, calçadas, ciclovias e acessos. Com a conclusão prevista para 2026, a expectativa é reduzir congestionamentos históricos, ampliar a segurança viária e valorizar a região que conecta o Centro, a Coroa do Meio e a Atalaia.

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