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Fotos:TerritórioNordeste/RobertoVerona

Aracaju lança CIPTEA e dá passo histórico pela inclusão das pessoas com autismo

Documento digital garante prioridade no atendimento e reconhecimento da população com Transtorno do Espectro Autista; iniciativa reforça compromisso da gestão com políticas públicas voltadas à neurodiversidade

Inclusão e cidadania no centro das políticas públicas

A Prefeitura de Aracaju lançou oficialmente a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA), um documento que assegura o direito à prioridade no atendimento e o reconhecimento da pessoa com TEA em todo o território nacional. O processo é 100% digital, podendo ser solicitado de forma simples por meio do site ciptea.aracaju.se.gov.br.

A iniciativa representa um avanço nas políticas públicas de inclusão e acessibilidade da capital sergipana. Com a carteira, pessoas com autismo passam a ter identificação oficial e acesso facilitado a serviços públicos e privados, reforçando o respeito às diferenças e à dignidade humana.


“Trabalhar para o povo é fazer política de verdade”, diz prefeita Emília Corrêa

Durante o evento de lançamento, a prefeita Emília Corrêa destacou a importância da CIPTEA como um marco de empatia e reconhecimento social.

“Mais uma tarde de alegria, mais uma tarde de cumprimento do que a gente pretende fazer. A CIPTEA é um passo importante, uma chave de acesso ao mundo que é também das pessoas com autismo. Isso é política pública de verdade”, afirmou a prefeita.

Emília lembrou ainda de sua recente eleição como vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos para Políticas Públicas Neurodiferentes, reforçando que seu compromisso com a pauta vai além de laços pessoais.

“Não é preciso ter alguém na família neurodiferente para abraçar essa causa. É uma escolha por inclusão, respeito e amor”, completou.


Vozes que representam a causa

A cerimônia também contou com depoimentos emocionantes. Vaneide Dias de Oliveira, mãe atípica e servidora pública, ressaltou que a carteira é um sonho coletivo que começa a se concretizar:

“A prioridade não é preferência, é o que vem primeiro. A CIPTEA vai permitir que o município dimensione melhor sua população neurodivergente e amplie as políticas públicas de forma mais eficaz”, destacou.

Já o jovem autista Emmanuel Souza Barata de Moraes, de 14 anos, escritor e influenciador, emocionou o público ao agradecer pela iniciativa:

“A prefeita vê as diferenças com amor e humanidade. A CIPTEA vai facilitar nossas vidas nos hospitais, nas escolas e no transporte público. É mais um passo para a inclusão.”


Próximos passos: cidade dos neurodivergentes

Segundo a prefeita Emília Corrêa, a implantação da CIPTEA é apenas o início de uma agenda mais ampla. A gestão planeja a criação de uma “Cidade dos Neurodivergentes”, um espaço voltado à convivência, educação e inclusão de pessoas com diferentes perfis neurológicos.

“A CIPTEA é o primeiro acesso, a primeira chave. Queremos construir uma cidade que abrace a neurodiversidade e mostre que todos têm lugar”, concluiu a prefeita.

Com a iniciativa, Aracaju se posiciona como referência nacional em políticas públicas de inclusão, fortalecendo o compromisso da administração municipal com o respeito, a empatia e a cidadania de todas as pessoas.

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